Puxa eu queria uma máquina que escrevesse meus pensamentos. Aquela que passasse direto da minha cabeça para o papel. Mas afinal, estou sob efeito de vinho agora, e nessa hora as coisas vêm à cabeça meio que se atropelando umas às outras, como se a poesia desabasse seus versos em frases inteiras em um texto em prosa. É lírico, mas sem métrica, e sem rima. O mais humano dos líricos.
Ah! a alegria, é algo que não se deve deixar passar! Eu sei que tristeza é inevitável e imediata, e não é legal. A alegria é um tesouro, um achado, uma pedra fria, desconhecida e espontânea, num caminho circular de pedras em brasa em que estou condenado ao resto de minha vida. Não! não sou um pessimista schopenhauriano, sou sim um trágico nietzschiano. Não peço que fiquem com dó de minha pessoa, mas que sejamos alegres, vivendo e vivendo cada vez mais do mesmo em nosso eterno retorno. E que se dane a metafísica!!! Suposições e magias fazem os africanos morrerem de fome e os brazileiros também.
Mas enfim, a tal máquina de escrever que idealizei acima, não existe, é somente platônica, estamos preso à essa camisa de força, que não deixa nossos impulsos se concretizarem em movimentos, que podemos chamar de linguaguem.
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