Todos riem nos meus shows:
Desenham-me nas mesas
Constroem minhas caricaturas
Brincam com meu juízo
E apontam minha graça
Transbordo então em mim
Esta extravagância palhaça
Com os olhos me chama ao lado
Orgulha-se da gargalhada
Alguns dizem que me envenena
Metem-me xingo e tentam mordaça
Mas essa é história de meu passado
Tudo mudou, depois de um dia
Fiquei quieto, indignado
No momento que alguém sorria
Um sorriso estonteante
Atento me observava
Um sorriso verdadeiro
Nunca antes me encarara
Não mais depois lhe foi a vez
Pois de verdade, a frente eu vi
Esse eu que era palhaço
Escondido atrás, dentro de mim
Senti-me frente a um espelho
Só podia ser sincero
E me olhando: peculiar esmero
Resolvi fazer tal nota
Pois percebi, que não sozinho
Sou também um idiota
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