Este post de hoje é uma mini-crônica para comentar sobre aqueles posts que vemos em blogs por aí, aparentemente sérios, que eu costumo denominar de post-piada - assim como qualquer outro tipo de objeto de piada, como por exemplo, se você tem uma camiseta muito engraçada, eu a chamo de camiseta-piada. Estes posts são geralmente assim: começam por algum título que aparentemente não faz o menor sentido, por exemplo: Internet e Cometas - o que é propositalmente pensado pelo escritor, para que desperte sua curiosidade e o faça querer lê-lo até o final. Durante a leitura, percebe-se que o texto aparentemente não tem conteúdo objetivo algum, e você pode até começar a duvidar de sua capacidade de abstração, se perguntando: será que eu não estou entendo alguma coisa? Mas essa é só a primeira impressão, logo você se dá conta de que tudo aquilo não passa de uma espécie de humor individual do autor do post - individual porque quase ou somente ele vai achar aquilo engraçado, às vezes nem isso, casos em que o autor na verdade só quer mesmo irritar os leitores -, o qual em muitos casos usa a metalinguagem (figura de linguagem onde você utiliza uma coisa para dizer algo dela mesma, como por exemplo uma música sobre músicas) da maneira mais sutil possível, para parecer a si próprio, ao ego, esperto e culto, quando na verdade não tem nada a dizer, e é tudo uma redundância. A partir daí você começa a se sentir explorado por ele, usado por ele, uma bonequinha de pano em suas mãos malévolas, e então uma necessidade de vingança surge e você quer parar de ler todo aquele texto imenso para não dar razão ao seu inimigo. Mas você não consegue, sabendo que ele nunca saberá mesmo quem você é, e nem ninguém, e que somente você irá carregar essa culpa para sempre em segredo, você, pela ação venenosa de sua curiosidade, continua a ler baixo, perdendo seu tempo, já humilhado no fundo de um poço, sozinho no escuro, ou na claridade de seu monitor.
É traindo esse movimento de egocêntricos, pseudo-cults, sozinhos na vida e que não têm coragem de se auto-afirmar, que eu lhes deixo esse convite, muito interessante, para, no final das contas, promover a vossa cultura: Planeta Terra 2011
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Quem sou eu
- Daniel
- Now that San Francisco's gone/ I guess I'll just pack it in/ Wanna wash away my sins/ In the presence of my friends
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