segunda-feira, 23 de julho de 2012

Raio


O que sou eu? Nos momentos de mais lucidez, deparo-me com a fluidez dos limites do nada.
O que é a vida senão serotonina? Será que sou o amor de quem amo, ou será que sou vento? Ciclos de lágrimas e seca se passam apenas para manter o equilíbrio da incerteza do ser.
Oi gente, e essa vida estranha né? Uma hora aqui, outra hora aqui, e nos entermeios por aí.
Estou a estar, e vocês?

Tudo estímulos.

Tudo só um só filme só. Socos e lábios que vão e que vem, não tem nada a significar senão o acaso da impureza do vazio. Nosso estar é fundamental e é de impureza do vazio. Uma hora o nervo fecha, os coisos páram, e

Estava a dormir.
Vocabulário? Técnica? Rompi com o rompido.
Posso me acusar niilista, mas desconheço o resultado.
Palavras são ilusões de um profundo instinto de não entender.
Quem sabe? Dessa vez não neguei o teclado, mas não foi tanto por minha escolha.
Sei que devo, mas sei que não.

domingo, 1 de julho de 2012

o profeta

Acho que não tenho realmente tanto a dizer.
As palavras acabam deixando as coisas muito mais compridas, tão compridas que ao final nem se lembra mais seu sentido.
Eu não posso fazer nada, e não é como se não houvesse nada.
Fui me acostumando a criar, quando tudo deixou de ser criado.
Todos susurravam sua importância.
Mas ainda não me acostumei a compartilhar. Não sei o que é o outro, e questiono sempre a minha ignorância.
Também não me acostumei ao português e nem me acostumei a estar acordado.
É o momento em que as luzes se apagam, os ruídos reinam e o cobertor agasalha que o corpo liga, os líquidos vão desintupindo, a dor vai desligando.

Tudo é muito precioso, mas às vezes eu duvido.

Quem sou eu

Minha foto
Now that San Francisco's gone/ I guess I'll just pack it in/ Wanna wash away my sins/ In the presence of my friends