terça-feira, 27 de setembro de 2011

Saudade

Essa vontade de estar fazendo algo e mesmo assim ter uma certa preguiça de se levantar, porque nada seria suficiente bom para se fazer.
Parece que acabamos de acordar quando na verdade nem dormimos, e então supostamente a próxima coisa do dia, a continuação, não vem.
Um dia calmo, sem ninguém em casa ou na rua, e assim quieto, e só. Mesmo assim a janela nos convida ensolarada e bela, nos expulsando da inércia sem rumo aparente.
As coisas talvez fiquem nostálgicas, mas aquele impulso que nos traz sempre a dúvida de porque ainda estamos parados não nos deixa nem concentrar em absolutamente nada, nem ao menos no sono que acaba vindo, e não conseguimos nem dormir.
Tudo o que só pode fazer é ficar ali a espreita, esperando passar uma parte do dia a qual vamos agarrar às pressas.
Fora isso tudo, eu tomei coragem de vir aqui, e agora que estou aqui, pensei em porque não já não ir ao mercado comprar aquele pão de sal que falta? E quem sabe que surpresas nos esperam no asfalto quente...e na saudade?

domingo, 4 de setembro de 2011

?

Vomito de pés suados o pouco que tenho do sol que entra. Os pernilongos não param de me perseguir, sinto-me acuado. Não há ninguém aqui por quem valha comer as frutas que eu tenho na geladeira. Persisto não afundar nessa areia mesmo sem saber se realmente há um fundo, limpando as sobras do vomito da minha garganta arranhada, tento olhar para as paredes e ver se enxergo alguma solução, alguma companhia, mas continuo sempre enjoado, perturbado, tonto e fedido. Não há banho, masturbação, comida, som, sabor, nada, não há nada. Nem o calor mesmo eu percebo direito, somente as minhas mãos se mexem inescrupulosas buscando os dorsos dos insetos que me cercam.

Quem sou eu

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Now that San Francisco's gone/ I guess I'll just pack it in/ Wanna wash away my sins/ In the presence of my friends