quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pela dor e pela cor.

Hoje eu me sinto num daqueles dias que eu entraria numa discussão por qualquer coisa. Eu começo a pensar em escrever a centenas de metros e não paro mais, é uma maldição. Ontem eu perdi meu estojo, ele era preto e tinha escrito Punk em vermelho em um dos lados dele, em cola colorida desgastada. Eu devia ter aquele estojo por uns 10 anos e nele tinha coisas com grande valor pra mim, eu sinto que um amigo morreu, sabe? Pior, eu sinto que um amigo foi sequestrado e vai ficar trancado na casa de alguém até morrer, e todo mundo sabe disso, e não há jeito para eu achá-lo; e todo mundo nem liga, nem me consola, porque não é um amigo deles, filhos d.... Eu resolvi mandar e-mails pra todos que eu conheço que estudam na mesma faculdade que eu - porque eu perdi lá - e quando fui criar um tópico na comunidade do orkut sobre isso, apareceu a mensagem que dizia que o dono tinha me expulsado daquela coisa. Cacete, eu nunca escrevi nada lá, se eu escrevi foi procurando uma outra coisa que eu não me lembro, e o cara me expulsa? POR QUE? ... E ainda por cima tem o lance que agora estou cheio de provas e tenho que ficar emprestando o lápis e borracha de todo mundo, que são sempre piores que os seus próprios, por algum motivo imbecil que te irrita profundamente.

Ainda hoje na aula chegou uma mulher atrasada, com um sobretudo vermelho, um sapato vermelho, uma porra de uma pedra vermelha gigante no dedo (anel) e ainda por cima quando sentou, tirou da bolsa um ÓCULOS vermelho, e também tinha as unhas vermelhas. Eu queria mesmo é ter me levantado cordialmente, ido até a garota e cumprimentar ela, com uma daquelas coisinhas que dão choque que você gruda da palma da mão, sabe? - ou então ter tipo uma arminha da paintball e ter pintado ela inteira de tudo, menos vermelho, ou ter visto uma caneta azul estourar na cara dela. Nem sei porque isso me irritou, mas me irritou, as pessoas não deviam se vestir todas da mesma cor, ainda mais se for vermelho, ou amarelo ou laranja...ou preto.

Por motivos que não falarei aqui, vou colocar um título bem cafona nesse negócio.

terça-feira, 14 de junho de 2011

I'm feeling rough, I'm feeling raw, I'm in the prime of my life

This is our decision to live fast and die young
We've got the vision, now let's have some fun
Yeah it's overwhelming, but what else can we do?
Get jobs in offices and wake up for the morning commute?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Saudade, amigos

Saudade, reflexos de um amigo numa superfície de café frio
Dessas de verdade, afinando o violão na garagem da namorada
Maldade, aqui sozinho tremendo sem saber o que se passa na vida
Felicidade, imaginar nós de novo, um dia, pela manhã à noite

Mesmo sabendo que não vai ser tão entorpecente
Quero ver de novo na praia o sol nascente!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sobre luzes verdes no céu

Pequenos flashes do escuro pouco iluminado num ponto alto. As pupilas se dilatam e as cadeiras se ajeitam para que a luz do poste, antes fraca, pare de nos perfurar os olhos. Inquietude ou calmaria, conversas suaves, gostosas e tristemente profundas. Sensíbilade, clareza, é assim que chamava-se, tanto faz, o importante é que eram.
E agora tenho que me adequar a tudo isso, sem que me entendam, de verdade. São poucos os que se entregam tão facilmente, mesmo que para os inerentes bem-escolhidos. É bem difícil não ser chato, mas a primeira impressão é a que importa. Noite estranha, muitas responsabilidades, pouco tempo, dor de barriga. E foi assim que a chuva hoje não me impediu de um tempo de caminhada e um dinheiro ambos de 20, me levassem a chocolates e bolachas em exagero.
Mas que mundo é esse tão cruel?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mesmo escrevo

Faz tempo que não escrevo, e sempre, desde que escrevo, começo muitos dos meus escritos com "Faz tempo que não escrevo". Isso significa a ver de muitos que não tenho mais nada para dizer. De fato, no entanto nunca tive nada para dizer, ou melhor, tive, e tenho, mas já me cansei.  Digo à mim mesmo, para me aliviar. Não escrever significa que estou aliviado, é bom, significa que não estou tentando desesperadamente me prender às coisas, mas que as estou vivendo num fluxo mais confortável.
As pessoas não se entendem, eu sei, digo, literalmente não se entendem, a linguagem é falha. Por isso cheguei a pensar a expor-me para que tentassem entender minhas palavras mais próximas ao meu ângulo, mas impossível, nem eu mesmo sei me expor sem que a exposição não seja também falha. Tudo é falho, tudo o que sai de mim, de você e do outro.
Mas eu admito isso com uma tristeza bem sincera.
Talvez estja entorpecido nela, talvez não, mas se sim, que assim fique, porque assim funciona bem em mim.

Quem sou eu

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Now that San Francisco's gone/ I guess I'll just pack it in/ Wanna wash away my sins/ In the presence of my friends