sábado, 12 de novembro de 2011

Melodia de um verão de feriado

Vivi hoje e ontem uma das maiores purezas de toda a animalidade que pode existir entre um ser humano civilizado e uma cachorrinha doméstica: ela fez xixi no meu pé, duas vezes - enquanto abraçava a minha coxa tentando me escalar e alcançar minhas suculentas mãos vazias.
Esse escapismo do meio tenso que vivo, e o clima - que agora posso admirar menos preocupado - é claro que me fazem vir aqui.
Sentei ontem naquela varanda, naquela cadeira praia, companheiras minhas desde anos e livros, fiquei olhando o céu e os passarinhos e pensei que nada era tão bom quanto aquilo quanto aquilo mesmo quando estiverem aqui as pessoas que eu mais amo. Ventava vento, ventava chuva rala e pontiaguda, e enquanto o frio não vinha, fiquei ali pensando forte nos meus melhores amigos só para ver se de repente eles apareceriam assim do nada como uma projeção mental.
Hoje cochilei, lembrei que tenhos revistas e mais livros, lembrei que tenho até dezembro todos os canais de filme, e mesmo assim não deu vontade de fazer nada.
Aqui os passarinhos cantam diferete, de um jeito mais charmoso, que enche a tarde, enquanto que em outros lugares os passarinhos cantam até mais, mas as pessoas falam e a barriga dói.
Parece que já é natal.

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Now that San Francisco's gone/ I guess I'll just pack it in/ Wanna wash away my sins/ In the presence of my friends