segunda-feira, 26 de março de 2012

Banho

Espremida dos cantos, uma visão amarelada, escorregadia e sólida.
Passa que vai um pulso que vai pulsando o ar que vai cotovelando a lucidez que vai.
Hoje o azuleijo está limpo e se percebe perfeitamente a cor do suor de dias atrofiados, recorrentes.
Ahn?
Hipóteses, propostas, sopros mornos, difundem a luz. Luz?
E pisca a luz, da esperança sabida, desesperada. Mentira.
Era som do obscuro. Há risos, e irônicos ainda.
Há também aquela saudade do futuro mais fresco.
Solvente universal, desculpe, o que eu faço hoje?
--Ei!
--Quem é?
--Não sei.
--Como pode?
--O quê?
--Como pode me esquecer?
--Esqueci?
--Não lembro.
--Vamos?
--Onde?
--Queria que você soubesse.

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