quinta-feira, 12 de maio de 2011

Tarde de hoje

Hoje eu só queria deitar no meio da rua e assistir as borboletas passarem.
Estava andando quando me deparei com uma garota num banco, com um violão e com uma bela voz. Naquele momento, queria que meu corpo fosse reduzido a meu aparelho auditivo, e eu ficasse ali, caído e imóvel no chão, sem dor, bizarro, escutando, e só. A alguns passos dali, mas de forma que os sons não se misturassem, um coral. Graves interrompiam a canção de uma forma divertida. E eu, de novo, só queria que algo me prendesse ali, contra a minha vontade, como se não houvesse nada que eu pudesse fazer para escapar, e como se a culpa não interferisse no ar.
Depois estava fazendo contas, com dor de cabeça, em uma sala lotada com pessoas na mesma situação. Agora cansado, mais uma vez, em casa.

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