terça-feira, 3 de maio de 2011

Em primeira pessoa

Esta semana está ocorrendo uma visível chuva de meteoros no céu. Não é por isso no entanto que sou o único acordado aqui nesta casa onde moram mais seis caras. Mesmo assim acabo de ir no quintal para ver se consigo um bom local para ver esta chuva, mais está muito tarde e muito frio e algo me diz que não devo subir no telhado sozinho agora.
Essa manhã acordei num clima de muito vento frio e muito sol, o que me foi muito nostálgico, e percebi que seis anos da minha vida se passaram correndo, ao lado da pessoa que amo. Sabe essas horas onde você percebe que está morrendo e que quer reviver intensa e simultaneamente todas as suas lembranças, como se repetisse toda a vida que já viveu por instantes só para provar para si mesmo que já viveu bastante? Acho que muitos têm esse receio de nunca ter vivido o suficiente. E claro buscamos na memória por essa resposta.
Mas esquecemos, e esquecer significa estar morto no passado.
Durante toda a semana venho dormido pouco e fico estudando o dia inteiro, sem aproveitar nem relaxar em nenhum dos mínimos momentos de prazer. E isso terminou hoje, e durará por poucos dias.

E é por isso que estou acordado e muito sóbrio a essa hora, afinal, carpe diem, e que se f* o amanhã.
                                                                              ...
Na verdade, acho que amanhã levarei comigo alguém e uma garrafa em um local alto e escuro, para fins de vida, só. Afinal de contas, alguma coisa tem que acontecer amanhã.
                                                                              ...

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Now that San Francisco's gone/ I guess I'll just pack it in/ Wanna wash away my sins/ In the presence of my friends